domingo, 4 de abril de 2010

A situação dos partidos


Correio Braziliense - DF
04/04/2010 - 10:58


Confira como as legendas estão se preparando para a eleição de outubro:

Da Redação

PSDB

Enfraquecido com a crise que dispersou algumas lideranças recentes do partido, o foco do PSDB será o apoio à candidatura de José Serra à Presidência da República. A missão tucana no DF será confiada a Maria de Lourdes Abadia, que como esteve afastada do cenário político nos últimos três anos, conseguiu se descolar dos atuais escândalos de corrupção. Como a prioridade será abrir um palanque para Serra, Abadia só não se coligará ao PT. Mas pode se aproximar de dois grupos, o do DEM ou até mesmo o de Roriz.
Os assédios já começaram. Roriz ofereceu a vaga ao Senado para a antiga aliada. Ela não descarta a possibilidade.

PR

Ganhou visibilidade com a condução de Wilson Lima ao governo, mas ainda não há um consenso entre as lideranças do PR sobre em que direção vai aplicar a incipiente influência. Um dos expoentes da legenda no DF, o deputado federal Jofran Frejat já anunciou que aceita ser o vice na chapa de Roriz. Mas terá antes de se acertar com o partido, que aguardará o desfecho das eleições indiretas antes de se posicionar sobre o pleito de outubro.

PSC

Virou abrigo para o grupo de Roriz que pretende disputar as eleições em outubro. Foi a solução do ex-governador após o rompimento com o PMDB, que até o início da crise planejava uma dobradinha com o ex-governador Arruda em outubro. Quase sem representatividade, o PSC vai criar dificuldades do ponto de vista prático para Roriz, que terá menos tempo de televisão e será forçado a compor com um leque expressivo de legendas para viabilizar sua chapa.

PMDB

É uma legenda curinga para outubro. Apesar de no momento do escândalo estar colado ao governo Arruda, o partido tem tamanho e lideranças que serão cortejados independentemente de sua história recente. Do PT ao PSC, passando pelo PSDB e o DEM, todos fazem planos de puxar o PMDB. Seguindo os princípios da lei da oferta e da procura, o deputado federal Tadeu Filippelli espera o melhor momento para negociar o passe do partido, que pode valer, vaga ao Senado Federal ou até a vice-governadoria. As conversas com o grupo de esquerda estão bem encaminhadas.
PDT

Pode roubar a cena nas eleições de outubro. Vai depender de que papel o senador Cristovam Buarque vai desempenhar. Pode ser candidato ao governo, o que significa vencer resistências dentro da executiva nacional da legenda, que seguirá as orientações do presidente Lula. Mas não descarta abraçar o PT para uma grande aliança com os partidos de esquerda. Uma prévia dessa composição inclui PRB, PSB, PV, PPS, PCdoB e até o PMDB. Com a cabeça de chapa, o grupo exigiria do PT a indicação das três outras vagas, a de
vice-governador e os dois nomes que concorrerão ao Senado.

PT

Tentará chegar até outubro como o contraponto dos escândalos de corrupção que enfraqueceram as legendas favoritas na disputa até o início da crise da Caixa de Pandora, em novembro do ano passado. Agnelo Queiroz é a escolha do partido para o Buriti, referendada pelas prévias, para ser o principal contraponto a Roriz. Ataques recentes ao candidato já mobilizam dirigentes petistas a pensar num plano B, que já têm nome e sobrenome: Arlete Sampaio. Na semana passada, ela se desencompatibilizou do cargo de secretária executiva do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome.
DEM

Esfacelado com as revelações de Pandora, que derrubaram governador, vice e presidente da Câmara Legislativa — todos filiados ao Democratas —, o partido ainda tenta se reerguer. Alguns de seus representantes no DF não abrem mão de participar da disputa ao Buriri em outubro e negociam com o diretório nacional suas candidaturas. O deputado federal Alberto Fraga e a distrital Eliana Pedrosa querem entrar na briga para representar o partido em cargo majoritário nas eleições.

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