|
Da Reportagem
A Polícia Civil prendeu 15 pessoas na manhã de ontem, durante a Operação São Thomé, deflagrada em nove cidades do Estado contra um esquema de grilagem de terras e falsificação de documentos que “esquentavam” a extração ilegal de madeira. Além dos principais articuladores da quadrilha, entre os presos estão uma ex-servidora e um servidor da Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) - já preso numa operação de 2007 -, um tabelião de Peixoto de Azevedo (691 Km de Cuiabá), um advogado e um engenheiro florestal (ver quadro).
A ação da quadrilha começou com a invasão, em 2007, dos 2.422 hectares da fazenda Moreira em União do Sul (719 Km). De acordo com o titular da Delegacia de Meio Ambiente, Carlos Fernando Cunha, a área era antes devoluta e tinha passado para as mãos do posseiro Henrique Beneck, já falecido. Após a invasão por parte de Antonio Paulo de Oliveira, o “Pachola”, a família de Beneck não reivindicou as terras, o que facilitou a grilagem.
Logo, foram confeccionados documentos falsos para regularização da área junto ao Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), papéis que em seguida permitiram aprovação, junto à Sema, de licença ambiental e projeto de exploração florestal da área.
Embora a madeira da fazenda já tivesse sido toda explorada pelo antigo posseiro, os papéis do projeto de exploração florestal serviram como créditos, que a quadrilha passou a negociar com madeireiras interessadas em esquentar volumes retirados de áreas proibidas ou sem licença. O delegado Cunha estima que mais de 20 mil metros cúbicos de madeira tenham sido negociados por meio desses créditos falsos, que possibilitaram a emissão de guias de transporte das toras como se fossem regulares. Pelo menos R$ 3 milhões teriam sido negociados.
O esquema foi interceptado pela polícia há nove meses. Na ocasião, a quadrilha estava tentando invadir uma outra fazenda, a Arara, de propriedade de Moacir Marcos Blaese. O dono acionou a Polícia Federal (PF) após identificar que a fazenda estava sendo objeto de um projeto de exploração florestal fraudado. A PF repassou as informações à delegacia civil de Sinop, a qual iniciou as investigações junto com a Dema, em Cuiabá. Há indícios de que uma terceira fazenda nos arredores da primeira estaria também no alvo da quadrilha.
Com as investigações, a polícia conseguiu mandados de prisão temporária (cinco dias) para 18 pessoas. Três continuam foragidas: Rodrigo Lara Moreira, João Batista da Silva e Idevan Fernandes Savi (o Brito). Com as prisões e as apreensões realizadas, agora a polícia pretende interrogar os presos, oferecendo até o benefício da delação premiada, para prosseguir nas investigações – verificando inclusive quais madeireiras se beneficiaram do esquema criminoso, apontado como corriqueiro no Estado pelo delegado responsável pelas investigações.
A ação da quadrilha começou com a invasão, em 2007, dos 2.422 hectares da fazenda Moreira em União do Sul (719 Km). De acordo com o titular da Delegacia de Meio Ambiente, Carlos Fernando Cunha, a área era antes devoluta e tinha passado para as mãos do posseiro Henrique Beneck, já falecido. Após a invasão por parte de Antonio Paulo de Oliveira, o “Pachola”, a família de Beneck não reivindicou as terras, o que facilitou a grilagem.
Logo, foram confeccionados documentos falsos para regularização da área junto ao Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat), papéis que em seguida permitiram aprovação, junto à Sema, de licença ambiental e projeto de exploração florestal da área.
Embora a madeira da fazenda já tivesse sido toda explorada pelo antigo posseiro, os papéis do projeto de exploração florestal serviram como créditos, que a quadrilha passou a negociar com madeireiras interessadas em esquentar volumes retirados de áreas proibidas ou sem licença. O delegado Cunha estima que mais de 20 mil metros cúbicos de madeira tenham sido negociados por meio desses créditos falsos, que possibilitaram a emissão de guias de transporte das toras como se fossem regulares. Pelo menos R$ 3 milhões teriam sido negociados.
O esquema foi interceptado pela polícia há nove meses. Na ocasião, a quadrilha estava tentando invadir uma outra fazenda, a Arara, de propriedade de Moacir Marcos Blaese. O dono acionou a Polícia Federal (PF) após identificar que a fazenda estava sendo objeto de um projeto de exploração florestal fraudado. A PF repassou as informações à delegacia civil de Sinop, a qual iniciou as investigações junto com a Dema, em Cuiabá. Há indícios de que uma terceira fazenda nos arredores da primeira estaria também no alvo da quadrilha.
Com as investigações, a polícia conseguiu mandados de prisão temporária (cinco dias) para 18 pessoas. Três continuam foragidas: Rodrigo Lara Moreira, João Batista da Silva e Idevan Fernandes Savi (o Brito). Com as prisões e as apreensões realizadas, agora a polícia pretende interrogar os presos, oferecendo até o benefício da delação premiada, para prosseguir nas investigações – verificando inclusive quais madeireiras se beneficiaram do esquema criminoso, apontado como corriqueiro no Estado pelo delegado responsável pelas investigações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo seu comentário!