terça-feira, 26 de julho de 2011

Assessor especial do ministro dos Transportes é exonerado

Escrito por G1   
Ter, 26 de Julho de 2011 07:36
Demissão foi anunciada no Diário Oficial da União nesta terça-feira (26).
Wilson Wolter Filho foi exonerado a pedido, segundo a publicação.
O Diário Oficial da União publicou nesta terça-feira (26) a exoneração de Wilson Wolter Filho do cargo de assessor especial do ministro dos Transportes. A demissão, assinada pela ministra chefe da Casa Civil da Presidência, Gleisi Hoffmann, é apontada como tendo sido realizada a pedido do servidor.

Na segunda-feira (25), a assessoria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) confirmou que o diretor-geral do órgão, Luiz Antônio Pagot, pediu demissão do cargo.
Segundo a assessoria, Pagot foi ao Dnit na manhã desta segunda, reuniu funcionários que trabalharam com ele, agradeceu pela dedicação e anunciou que havia pedido demissão.
A saída de Pagot foi confirmada em nota pela assessoria do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos.
Pagot pede demissão e faz discurso inflamado
 Com Diário do Pará
Em discurso inflamado de despedida, em que destilou ressentimento e mandou recados velados ao governo, o engenheiro Luiz Antônio Pagot comunicou ontem (25) de manhã aos servidores e auxiliares do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) seu pedido de demissão “irrevogável” da direção-geral da autarquia. Ele disse que não aceita a pecha de corrupto e rebateu o ministro chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, para quem o órgão é um antigo foco de corrupção...


“Discordo do ministro Jorge Hage, quando diz que o Dnit tem o DNA da corrupção”, protestou. “Aqui o que há é o DNA do trabalho e da dedicação dos servidores”, enfatizou. Pagot é o 17º dirigente a cair em meio à crise que se arrasta desde o começo de julho, com a revelação de um esquema de corrupção, tráfico de influência e cobrança de propina de empreiteiros que o PR teria montado no Ministério dos Transportes. O ministro Alfredo Nascimento foi um dos primeiros a pedir demissão.

Indiretamente, Pagot criticou também a presidente Dilma Rousseff que, após as denúncias, exigiu a reestrutura completa no Ministério dos Transportes, a seu ver um setor caótico e ineficiente. Pagot afirmou que o Dnit executa um orçamento de mais de R$ 1 bilhão por mês e ressaltou que só se consegue isso com trabalho e eficiência. “Somos o órgão de maior execução orçamentária da Explanada”, gabou-se. “Somos líderes absolutos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) e temos o dobro da execução da Caixa”, exemplificou.

Ao contrário do que afirmou Dilma, Pagot disse que conseguiu esses resultados num órgão sucateado - “nem computadores adequados temos” -, com um terço do efetivo necessário e sem condições mínimas de trabalho. Com pose de candidato, disse que a conquista não foi mérito exclusivo seu, mas de “todos os funcionários e assessores”. Pediu que seus agradecimentos fossem transmitidos aos superintendentes e chefes dos diversos departamentos do órgão espalhados no País.

Pagot informou que o Dnit tem 1.156 contratos em execução no País e seria impossível esperar que não houvesse alguma irregularidade num volume de obras tão grande. Mas ressalvou que não houve sequer uma denúncia sem apurar ou uma recomendação do TCU que não fosse atendida ou irregularidade corrigida. A seguir agradeceu à colaboração de todos. “Não conseguiríamos isso sem a colaboração efetiva dos servidores, muitas vezes além do seu dever e da carga horária”.

Com capacidade para 500 pessoas, o auditório estava lotado. Pagot foi aplaudido de pé e saiu de forma apoteótica, cumprimentando os servidores até a porta de saída. Mas ele não teve a mesma deferência com o ministro Paulo Sérgio Passos, seu chefe imediato: mandou emissários lhe entregarem uma carta comunicando que havia suspenso as férias e pedido demissão do cargo em caráter irrevogável. Outra carta de demissão foi entregue pelo próprio Pagot às 11h ao amigo ministro Gilberto Carvalho.

CORRUPÇÃO

Pagot disse que não aceita a pecha de corrupto e rebateu o ministro chefe da CGU, Jorge Hage, para quem o órgão é um antigo foco de corrupção. 

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