quarta-feira, 20 de julho de 2011

‘SEM CHANCE

Falta respaldo político para retorno de Pagot

O senador Blairo Maggi (PR) disse que a saída do ‘afilhado’ Luiz Antonio Pagot do Dnit é assunto definitivo



O diretor Luiz Antonio Pagot já admite que dificilmente volta ao comando do Dnit após as férias
HUMBERTO FREDERICO
Da Reportagem

O senador Blairo Maggi (PR) confirmou ontem que o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), Luiz Antonio Pagot, deixará o cargo quando retornar de férias no início do mês de agosto. Para o ex-governador do Estado, a perda do respaldo político no Planalto pesou contra Pagot. “Em um cargo tão importante como o que ele ocupa, o gestor deve ter capacidade técnica e política. A capacidade técnica ele tem, e muito, porém não existem mais condições políticas para o Pagot continuar como diretor do Dnit”, declarou Maggi ontem, durante visita às obras da Arena Pantanal. A perda das condições políticas de Pagot começou quando o próprio então ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, divulgou uma nota anunciando o afastamento dele da diretoria do Dnit sem comunicá-lo, depois de a revista Veja divulgar uma matéria apontando irregularidades na Pasta. Em seguida, Pagot foi trabalhar normalmente em seu gabinete, antes de sair de férias, o que foi entendido no Planalto como um desafio à autoridade do ministro, que em seguida pediu demissão do cargo, após novas denúncias contra o Ministério dos Transportes. Maggi também ressaltou que considerava injusto Pagot ser considerado culpado em várias denúncias sozinho, já que, segundo ele, as decisões dentro do Dnit eram tomadas de forma colegiada. Para o senador, o fato de o Nascimento ter pedido demissão do ministério e a presidente Dilma ter demitido outros seis servidores contribuirá para o pedido de afastamento de Pagot quando voltar de férias. “Já é um assunto definido (afastamento de Pagot). O que ele questionava era que todas as decisões tomadas eram de conhecimento do governo e colegiada, portanto não deveria se o único a cair. Agora é questão de ele concluir as férias e sair”, disse ele. O republicano ressaltou também que a disputa entre a bancada mato-grossense para manter Pagot no cargo não foi apenas para contemplá-lo com o cargo, que tem status de ministro, mas sim porque o Estado poderá ser prejudicado com o seu afastamento. “A saída dele será uma pena para Mato Grosso. A intervenção que foi feita para a permanência dele no Dnit não foi por questão pessoal, mas foi para garantir a conclusão das obras que ele conseguiu para o Estado. Agora precisamos conversar muito com a Dilma e o novo ministro dos Transportes (Paulo Sérgio Passos) para que estas obras não obras não sofram atrasos”, concluiu. Ao contrário do que declarava na semana passada, o próprio Pagot passou a dizer que deverá se afastar quando retornar de férias. Ontem ele esteve reunido com advogados. Ontem, o governo federal demitiu seis funcionários que ocupavam cargos no Ministério dos Transportes e Dnit. 

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