sábado, 20 de abril de 2013

Logística Em Cuiabá, ministra defende novas rotas para escoar produção de MT


Foto: AMM
A ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, defendeu nesta sexta-feira (19), em Cuiabá, a realização de investimentos do governo federal para abrir novas rotas de escoamento da produção de Mato Grosso. Durante participação em encontro de prefeitos sobre linhas de crédito e programas para contração de verbas de Brasília, como o PAC 2, Ideli criticou o modelo de escoamento brasileiro como obsoleto e declarou ser primordial o suporte à região Centro-Oeste para manutenção do desenvolvimento econômico.

"Não podemos mais continuar na lógica já ultrapassada e esgotada de que aquilo que é produzido aqui no Centro-Oeste continue escoando pelo porto já atravancado de Santos e de Paranaguá. Nós temos que cada vez mais caminhar para as alternativas de saída pelo norte, saída para o Pacífico e isso só se dá com soma de esforços", declarou a ministra.>>>

 Ao lado do governador do estado, Silval Barbosa, Ideli classificou a atual carência de infraestrutura na região como uma "verdadeira camisa de força que amarra todo o desenvolvimento". Ela atribuiu aos governos estadual e federal a tarefa de conjugar forças a fim de "desamarrar o nó" de modalidades de transporte como as hidrovias e as ferrovias, as quais até hoje são pouco representativas no conjunto de alternativas de escoamento para a região que mais produz grãos no país.

Ideli esteve em Cuiabá ao lado da colega Miriam Belchior, do Planejamento, e de Aldo Rebelo, dos Esportes. Enquanto o último participava de vistorias em obras da Copa e solenidade de lançamento  dos Jogos Internacionais Indígenas, as duas ministras debateram com o governador as relações do governo federal com o estado e, no que diz respeito aos investimentos em infraestrutura, Ideli assegurou parceria por parte de Brasília

"O principal pedido do governador é de que a gente some cada vez mais esforços e acho que estamos aqui montando exatamente esta parceria, cada vez mais forte, e a ordem da presidenta Dilma é efetivamente muito clara: todo apoio, todo esforço. Porque nós não temos como continuar crescendo e desenvolvendo o Brasil sem total apoio e parceria com a região Centro-Oeste, esta região que tanto produz, como é o caso de Mato Grosso", declarou.

Atualmente em pauta, o gargalo logístico representa um dos principais entraves para o crescimento econômico nacional. Baseado primordialmente em rodovias comprometidas pela falta de manutenção, o modelo de rotas para escoamento da produção redunda em altos custos de frete.

O assunto ganhou repercussão no últimos meses devido aos congestionamentos causados em rodovias do sul de Mato Grosso, causados por filas de caminhões que tentavam chegar ao terminal ferroviário da América Latina Logística (ALL), em Alto Araguaia, a 426 km da capital. Chegando a até 100 km de extensão, as filas reacenderam o debate a respeito da logística, especialmente na região Centro-Oeste.

Contra os entraves, o governador Silval Barbosa informou já estar desenvolvendo as devidas parcerias com o governo federal a fim de viabilizar alternativas de rotas ferroviárias à produção local, como a chegada dos trilhos da Ferronorte a Rondonópolis (a 218 km de Cuiabá) e possível prologamento também a Cuiabá, bem como a licitação da Ferrovia Integração Centro-Oeste (Fico), embora para esta haja apenas uma estimativa de elaboração do edital para o segundo semestre para construção em até cinco anos.

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