quinta-feira, 23 de maio de 2013

Ex-morador da Suiá Missú enlouquece e, é pego “a laço” próximo ao Posto do Arno


Matenias Jacinto Pires era um pequeno Produtor Rural que morava na antiga Gleba Suiá Missú, ele juntamente com a sua família foram despejados em janeiro deste ano, com a promessa de que iriam receber uma nova moradia em algum projeto de Assentamento do Incra no Brasil, porém até hoje nada saiu das simples promessas, e Matenias estava morando em um barraco de lona em Alto Boa Vista até que há duas semanas “surtou, pirou de vez”, narra os amigos.
Matenias ficou desorientado com a desitrusão da gleba, após perder tudo o que construiu ao longo da sua vida, ficou dias sem conversar com a família e amigos, até que certo dia deitou a noite e não amanheceu, “saiu doido no mato”, e foi encontrado dois dias depois com sede e fome próximo a BR 158 no entroncamento com a MT 322, no localidade conhecida como Posto do Arno.
Segundo a Secretaria de Saúde de Alto Boa Vista, seu Matenias estava numa situação de surto agudo o que foi preciso ser encaminhado para Goiânia, capital do Estado de Goiás, onde está internato em uma Clínica, aos cuidados de outras pessoas, praticamente abandonado, já que a família não tem condições nem de comprar comida para colocar dentro do barraco de lona em Alto Boa Vista, município que perdeu grande parte do seu território com a demarcação da reserva Marãiwatsédé.>>>

Segundo o médico que atende Alto Boa Vista, Ricardo Araújo, o caso do senhor Matenias não é isolado e que diversas pessoas que foram despejadas da Suiá Missú têm procurado as unidades de saúde com problemas psicológicos e que o município não tem dado conta de atender a todos, pois a demanda é muito grande.
Outro caso é do senhor Arlindo Alves das Neves, que também está em um clínica em Goiânia com problemas psicológicos, e a família sem condições de dar auxilio.
Já Antonio Alfredo de Jesus morreu com depressão após a desintrusão da gleba Suiá Missú, inúmeras pessoas estão com problemas de saúde, e vivem em barracos de lonas, barracões, casas emprestadas e contam agora com a solidariedade para continuar sobrevivendo,
Sem um plano de desintrusão o governo fica calado diante de uma verdadeira “fábrica” de pobres criado após o despejo de mais de 7 mil pessoas que moravam dentro da reserva Marãiwatsédé, e muitos ainda tem esperanças de um dia poder voltar para suas antigas moradias.

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