Jacques Gosch, Thaísa Pimpão e Patrícia Sanches
Acima, planilha em sobre supostas transações financeiras ilícitas feitas por políticos e empresas com Eder de Moraes; O esquema é detalhado no documento
Outros cinco políticos de Mato Grosso aparecem em planilha supostamente utilizada no controle de operações de crédito ilegais apreendida pela Polícia Federal na residência do ex-secretário de Fazenda Eder Moraes, preso na 5ª etapa da Operação Ararath.
A lista inclui os deputados estaduais Guilherme Maluf (PSDB) e Daltinho de Freitas (Solidariedade), além dos ex-parlamentares Dilceu Dal Bosco (DEM), Gilmar Fabris (PSD) e Percival Muniz (PPS), hoje prefeito de Rondonópolis. O documento foi publicado na Fan Page da blogueira Adriana Vandoni.
Na planilha ainda constam os nomes do senador Blairo Maggi (PR) e do conselheiro do TCE aposentado Alencar Soares. Ambos já haviam sido citados como beneficiários do esquema ilegal de empréstimos operado por Júnior Mendonça por intermédio de Eder Moraes e são investigados no inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
Conforme a análise da planilha, feita pela Polícia Federal, Blairo teria tomado empréstimo de R$ 12 milhões e Guilherme Maluf de R$ 1,5 milhão. Para Percival teriam sido destinados R$ 2 milhões, enquanto Dilceu pegou R$ 1,6 milhão. Daltinho, por sua vez, teria contraído dois empréstimos de R$ 900 mil e R$ 600 mil, respectivamente. Já Fabris teria sido beneficiado com R$ 2 milhões.
Ainda na análise da planilha, a Polícia Federal cita que as anotações de Eder permitem, no contexto da obtenção de recursos ilícitos para alimentação do “sistema”, algumas suposições. Os agentes ainda apostam que “devem ser confirmadas oportunamente”.
Outro lado
Ao Rdnews, Maluf negou que tenha feito qualquer empréstimo e/ou transação financeira com Eder Moraes. Dilceu também descartou qualquer possibilidade de envolvimento no caso. “Não tenho ideia do que seja isso. Não sei nem o que dizer”, declarou à reportagem. Já Daltinho classificou como “calúnia” qualquer menção ao seu nome. “Isso não existe. Se existe, eles têm que me mostrar, me chamar. Isso é uma fantasia, é mirabolante, é um delírio. Só pode ser sonho de alguém que quer me ver envolvido nisso”, argumentou. Ele ainda se esquivou de responder, quando questionado, se teria sido convocado para depor na Polícia Federal.
Já Percival Muniz garante que seu nome foi utilizado indevidamente por Eder Moraes. Segundo ele, em nenhum momento, fez algum tipo de transação comercial com o ex-secretário de Fazenda. “Se esse dinheiro existe deve estar no caminho e ainda não chegou até mim”, concluiu. Gilmar Fabris, que está com o celular desligado, não foi localizado para comentar o assunto.
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