sábado, 6 de novembro de 2010

Alta da carne deixa o custo do churrasco mais salgado

Alta da carne deixa o custo do churrasco mais salgado
Quem gosta de um bom churrasco já está sentindo no bolso o peso da forte alta verificada nos preços da carne bovina no País. O principal item do churrasco acumula uma variação de aproximadamente 15% no período de um ano até outubro, segundo dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV). No mesmo intervalo, a inflação calculada pelo Índice de Preços ao Consumidor - Brasil (IPC-Brasil) é de 4,65%.
A pedido do iG, a FGV calculou a variação de preços de uma cesta de 20 itens utilizados no churrasco, com base em dados coletados em sete capitais brasileiras: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Salvador e Recife.
A picanha, um dos cortes de carne bovina mais prestigiado no churrasco, foi o que mais subiu e acumula alta de 17% em um período de 12 meses, até 20 de outubro. Outros cortes como o contra filé, a alcatra e a costela tiveram alta de 14% no preço no varejo nesse mesmo período.
Segundo o economista André Braz, da FGV, os alimentos, de forma geral, têm tido uma evolução mais acelerada de preços nos últimos meses, puxando os índices de inflação para cima. Mas, segundo ele, em alguns produtos, como no caso da carne, a variação de preços tem ocorrido com maior intensidade.
“Há diversos fatores afetando a produção e a oferta de carne e que estão contribuindo para a elevação dos preços. Problemas climáticos como a estiagem em regiões de pastagem obrigaram os produtores a investir mais em rações para engordar o rebanho. Isso implica em um maior custo de produção. Além disso, houve um aumento da demanda pelo produto no mercado internacional. No mercado doméstico, a alta do consumo é reflexo do avanço do mercado de trabalho e da evolução da renda”, analisa o economista da FGV.

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