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Da Reportagem
Metade dos vereadores da Câmara de Alto Paraguai (218 quilômetros de Cuiabá) foi presa ontem pela Polícia Civil na operação Alcaide. Os parlamentares são acusados de extorquir o prefeito Adair José Alves Moreira (PMDB) em R$ 2,5 mil por mês, R$ 500 para cada vereador, para não afastá-lo do cargo. Também foi detido em Cuiabá o ex-prefeito do município, Alcenor Alves. Alto Paraguai é o segundo município mais pobre de Mato Grosso - o primeiro é Porto Estrela.
Além do ex-prefeito, foram presos o presidente da Câmara Jason Alves de Souza (irmão do Alcenor Alves) e os vereadores Gilbert de Souza Lima - relator da última comissão processante que afastou Moreira -, Milton de Campos Luz, Aluísio Carvalho Júnior e Valdecy de Almeida Chagas.
Os vereadores foram “acordados” na madrugada de ontem por agentes da Polícia Civil. A investigação começou após o prefeito denunciar ao Ministério Público Estadual os sucessivos pedidos de propina, inicialmente para aprovação de projetos e, depois, para não retirá-lo do cargo. O MPE, então, buscou o apoio da Delegacia Fazendária.
Com base em gravações autorizadas pela Justiça, os policiais verificaram que cinco dos nove vereadores participavam do esquema. A extorsão foi iniciada em fevereiro deste ano. No dia 25 do mês seguinte, o gestor sofreu o primeiro afastamento, mas, ao recorrer na Justiça, conseguiu o cargo novamente.
No entanto, no dia 25 de abril foi votado o segundo afastamento, o que, segundo o prefeito, deixou a situação insustentável. “Tinha ouvido falar que no dia 10 agora [de junho] iam me afastar pela terceira vez”.
O delegado Wilson Leite, titular da Regional de Diamantino (responsável por Alto Paraguai), informou que o presidente da Câmara, Jason Alves, também foi investigado por apresentar notas fiscais irregulares de um posto de combustível. Ele disse ainda que foram cumpridos mandados de busca e apreensão na Câmara.
“Este é o segundo município mais pobre de Mato Grosso e eles não fazem nada para mudar isso. Não propunham projeto para mudar essa realidade. Dois dos cinco vereadores que foram presos na operação estavam no terceiro mandato”, disse o prefeito, sobre Gilbert de Souza e Aluísio Carvalho.
Após o anúncio do segundo afastamento do prefeito, em maio, Gilbert havia conversado com a reportagem sobre a decisão da comissão processante.
Ele informou que a retirada do cargo se baseou em 35 dias de investigação dos vereadores e afirmou que o prefeito usou de “coerção” para impedir a decisão dos vereadores.
“Ele (prefeito) pressionou o presidente do partido de um vereador, que tem cargo na prefeitura. Ele não para aqui, vive fora. A cidade está abandonada”, complementou o parlamentar na época.
Além do ex-prefeito, foram presos o presidente da Câmara Jason Alves de Souza (irmão do Alcenor Alves) e os vereadores Gilbert de Souza Lima - relator da última comissão processante que afastou Moreira -, Milton de Campos Luz, Aluísio Carvalho Júnior e Valdecy de Almeida Chagas.
Os vereadores foram “acordados” na madrugada de ontem por agentes da Polícia Civil. A investigação começou após o prefeito denunciar ao Ministério Público Estadual os sucessivos pedidos de propina, inicialmente para aprovação de projetos e, depois, para não retirá-lo do cargo. O MPE, então, buscou o apoio da Delegacia Fazendária.
Com base em gravações autorizadas pela Justiça, os policiais verificaram que cinco dos nove vereadores participavam do esquema. A extorsão foi iniciada em fevereiro deste ano. No dia 25 do mês seguinte, o gestor sofreu o primeiro afastamento, mas, ao recorrer na Justiça, conseguiu o cargo novamente.
No entanto, no dia 25 de abril foi votado o segundo afastamento, o que, segundo o prefeito, deixou a situação insustentável. “Tinha ouvido falar que no dia 10 agora [de junho] iam me afastar pela terceira vez”.
O delegado Wilson Leite, titular da Regional de Diamantino (responsável por Alto Paraguai), informou que o presidente da Câmara, Jason Alves, também foi investigado por apresentar notas fiscais irregulares de um posto de combustível. Ele disse ainda que foram cumpridos mandados de busca e apreensão na Câmara.
“Este é o segundo município mais pobre de Mato Grosso e eles não fazem nada para mudar isso. Não propunham projeto para mudar essa realidade. Dois dos cinco vereadores que foram presos na operação estavam no terceiro mandato”, disse o prefeito, sobre Gilbert de Souza e Aluísio Carvalho.
Após o anúncio do segundo afastamento do prefeito, em maio, Gilbert havia conversado com a reportagem sobre a decisão da comissão processante.
Ele informou que a retirada do cargo se baseou em 35 dias de investigação dos vereadores e afirmou que o prefeito usou de “coerção” para impedir a decisão dos vereadores.
“Ele (prefeito) pressionou o presidente do partido de um vereador, que tem cargo na prefeitura. Ele não para aqui, vive fora. A cidade está abandonada”, complementou o parlamentar na época.
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