O operador de máquinas Sebastião de Deus, 37, pode estar preso injustamente. Ele foi preso no dia 25 de fevereiro passado, em Paranatinga (373 km ao Sul de Cuiabá), apontado como o principal suspeito de ter estuprado e degolado a jovem Vanessa da Luz, 27.
As informações são do delegado da Polícia Civil, Marcos Sampaio, responsável pela investigação. Segundo ele, as amostras de sangue e sêmen colhidas na cena no crime não são compatíveis com as de Sebastião.
"Não recebemos o laudo oficial da Polícia Técnica, mas informações preliminares dão conta que as amostras de sangue colhidas no local não são compatíveis com as do suspeito. O sangue encontrado nas roupas do preso não são da vítima", disse o policial, em entrevista ao site.
De acordo com Sampaio, Sebastião foi detido após investigações que o apontaram como principal suspeito. O delegado destacou que um dos motivos de Sebastião ter sido detido foi uma suposta confissão feita a agentes da Policia Militar.
"Fortes indícios apontavam para Sebastião. Ele foi visto com a vítima, antes de ela ser assassinada. Militares afirmaram que ele confessou o assassinato; já no depoimento oficial, ele negou o crime", disse Sampaio.
O delegado revelou que o crime causou grande comoção social em Paranatinga, devido à brutalidade com que foi praticado. Sampaio acredita que o clamor popular pode ter influenciado a denúncia anônima que resultou na prisão de Sebastião.
"Houve um grande clamor da população querendo justiça, e esse clamor pode ter motivado a denúncia contra Sebastião e sua prisão", explicou.
Mesmo com as provas técnicas que excluem a participação de Sebastião no estupro e assassinato de Vanessa, o operador de máquinas continua preso na Cadeia Pública de Paranatinga.
Sebastião só deverá ser liberado após a conclusão do laudo pericial elaborado pela Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec). "Ainda não sabemos quando o laudo oficial será entregue. A Politec disse que o caso é tratado como prioridade", disse Sampaio.
Além de esperar a prioridade da Politec, Sebastião terá que passar pelo julgamento do juiz da Vara Única de Paranatinga. Até o momento, não há previsão de quando o operador terá a liberdade garantida. "Ainda não sabemos quando ele será solto, temos que esperar a conclusão do laudo e analise do juiz sobre o pedido de liberdade", informou o delegado.
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