quinta-feira, 28 de julho de 2011

Tentativa de reconhecer voz do autor

Polícia trabalha com possibilidade de que a principal testemunha da execução do jornalista reconheça criminoso pela voz, já que não viu sua face


Jovem namorada de jornalista foi alertada pelo criminoso que entrasse em casa porque ‘não era com ela’
ADILSON ROSA
Da Reportagem

A polícia trabalha com o reconhecimento de voz para esclarecer o assassinato do jornalista Auro Ida, de 53 anos, executado com seis tiros de pistola na última quinta-feira no Jardim Fortaleza, em Cuiabá. Uma das testemunhas, a namorada de Auro, a jovem Bianca Nayara, disse que só viu o tipo físico do criminoso, além de ouvir a voz, já que ele ordenou que ela saísse do carro e não olhasse para trás, pois “não era com ela”.
Segundo o delegado Antônio Carlos Garcia, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Bianca não reconheceu a voz e nem o tipo físico do jovem de 19 anos detido como suspeito de ser o autor. “Ela (Bianca) afirmou que só ouviu a voz e viu o tipo físico do agressor, que fugiu de bicicleta. Então, o reconhecimento tem que ser feito pela voz”, explicou o delegado.
Bianca foi ouvida na última segunda-feira na delegacia e reafirmou que não viu o criminoso. Ratificou a informação de que o autor chegou de bicicleta e pediu para que ela saísse do carro, um Fiat Palio prata. Assim que chegou ao portão da casa, a menos de um metro da porta do carro, ouviu os disparos.
Desde o início das investigações, a polícia trabalha apenas com uma testemunha, embora exista a informação de que mais pessoas teriam testemunhado o crime. “Até agora, só temos ela (Bianca)”, completou o delegado.
A convicção dos policiais é de que o criminoso seja do bairro, o que se transforma num fator de intimidação. “Se o pistoleiro fosse de outro local, outro bairro, não haveria problema. A questão é que acreditamos que todos sejam conhecidos, no caso, testemunhas e suspeitos”, observou um policial.
Conforme as investigações, Bianca não era a única namorada que Auro Ida teve no bairro. Com a confirmação de que uma mulher arrumava garotas para o jornalista, a lista de mulheres – ligadas a homens que poderiam estar enciumados - aumentou.
Uma ex-namorada do jornalista teria inclusive mantido relacionamento com um traficante local. Enquanto estava com Auro, a garota teria recebido inclusive um carro dele, além de ter conseguido um emprego por seu intermédio. A informação já é investigada pela polícia.
As denúncias recebidas pelos policiais dão conta de que a execução teria tido a anuência de um traficante do Fortaleza, ao saber que um jornalista estava tendo caso com várias garotas. O traficante chegou a perguntar se o jornalista era de TV e, como a resposta foi negativa, o criminoso não viu problemas.

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