terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Conselheiro denuncia analfabetismo político-funcional

Da Redação - Renê Dióz

Conselheiro denuncia analfabetismo político-funcional (Reprodução)
O conselheiro Antônio Joaquim, novo corregedor-geral do Tribunal de Contas do Estado (TCE), marcou a solenidade de posse do presidente José Carlos Novelli nesta segunda-feira (02) com um discurso duro a respeito do crescente desinteresse sobre a gestão pública por parte da sociedade, tomada por um “analfabetismo nojento” e “político-funcional” que se espalha até mesmo entre a parcela escolarizada da população. 

O corregedor lançou o desafio à nova Mesa Diretora do TCE de trazer de volta o olhar do cidadão para a coisa pública, um trabalho que, segundo ele, já estava sendo consolidado na gestão do conselheiro Valter Albano.

“Nós temos que tirar o cidadão da indiferença. As pessoas acham que não têm nada a ver com as coisas. O médico e o engenheiro foram formados e acham que não devem satisfação pra ninguém, não têm o dever de cidadão de acompanhar o dia-a-dia da sua cidade, do seu Estado. Ninguém vai às audiências públicas quando se discute o orçamento, que é a peça mais importante de qualquer gestão. Fica lá às moscas e ninguém participa. Então é preciso que a gestão traga esse cidadão, tire dessa indiferença, desse analfabetismo nojento. É um analfabeto político-funcional, que bate no peito que não gosta da política. Esse é o problema do país”, discursou Joaquim.

O conselheiro atribuiu este analfabetismo à parcela formada da população, que teoricamente seria mais conscientizada em termos de cidadania.

“Eu me refiro a quem tem escolaridade. Eu não me refiro àquele que luta pra comer, que luta pra ter uma casa pra morar. Esses não têm condições realmente de fazer cidadania, são subcidadãos. Eu me refiro a quem está formado e tem o dever de participar”.
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13 comentários

Exibindo de 1 a 10
por Olha quem fala!!!, em 03/01/2012 às 15:28
Exemplo de analfabetismo político-funcional também é o TCE, começando pelo provimentos dos cargos para conselheiro. Não tem concurso público para conselheiro do TCE, ou tem? Nem se quer tem uma provinha básica para o "candidato", basta ter um compadre lá e o cargo já está garantido. Isso é que nos parece. Se estou errado me corrijam.
por José Ribamar Bezerra Sá, em 03/01/2012 às 15:27
Fica aqui a seguinte pergunta:, Com exceção do quesito QI(quem indicou), qual o conhecimento juridico, administrativo, contábil, etc, que esse "conselheiro" posui para ocupar um cargo de tanta importância. Só no Brasil acontece esse tipo de palhaçada
por Ricardo, em 03/01/2012 às 15:22
Eu gostaria de ser CONSELHEIRO do TCE, para ganhar esse ontão de dinheiro de salário que ganham, não estão nem um pouco preocupado com a povo, até pq muitas das contas de prefeituras são uma "zona", contabilidade mais furada que peneira, e ainda vem os caros CONSELHEIROS que tem por obrigação apertar o "parafuso", vão lá com uns dim-dins na conta corrente, passam a mão na cabeça e termina tudo em PIZZA. Outra coisa, qual CONCURSO PÚBLICO os TODO PODEROSOS DO TCE foram aprovados ??, toma vergonha nesta sua cara de "PAU" e vai fazer o dever de casa, que é fiscalizar as contas públicas, nem as do TCE vcs cuidam, depois vem com blá blá blá, certo está o tiririca que disse "quando chegar lá é que vou entender como é ser político" é mole.......
por Edmar Pedroso Dias, em 03/01/2012 às 15:17
Primeiro de tudo acho que conselheiro tem que ser concursado, para começar a falar alguma coisa sobre gestão pública, segundo, hj temos péssimos prefeitos, secretários, assessores e principalmente Conselheiros do TCE, então como que quer que s formadores de opinião tenham vontade de participar de audiência públicas, sendo que tudo que fazem cada barbaridade, até projetos eles não conseguem fazer para obterem recursos dos municipios é lastimável isso, e vai fazer o que nas audi~encias públicas, para escutar lorotas lá, tem que ter pessoas capacitadas para seu cargo e técnicos especializados para ter mais credibilidade, os gestores de qualquer pasta
por Luiz, em 03/01/2012 às 15:12
Encontrava-me presente na posse, a pedido de um amigo, e fiquei perplexo com o discurso político eleitoreiro do conselheiro. Primeiro, porque perdeu a oportunidade de ficar calado. Segundo, porque deveria ler alguns livros de sociologia para, depois, numa solenidade pública se arriscar a falar sobre educação e inventar palavras. Terceiro, o cargo público vitalício que ocupa foi, exclusivamente, por indicação política, quando, na verdade, deveria ser pela capacidade técnica. Aliás, todos que fazem parte dessa "corte de contas", com exceção dos dignos membros do ministério público de contas.
por , em 03/01/2012 às 15:05
O analfabetismo politico esta tambem no TCE. É só ver o perfil dos conselheiro (Alencar Soares, Campos Neto e outros +), e a forma de provimento para o cargo, corrobora para o analfabetismo.
por Luis, em 03/01/2012 às 15:04
se liga Ronaldo, por enquanto não existe concurso para conselheiro titular!!!
por ronaldo, em 03/01/2012 às 14:59
Conselheiro o Sr. Passou em que lugar no concurso para Conselheiro do Tribunal de Contas ou passou pela porta da caneta do Ex-Governador Dante de Oliveira falecido.
por Sassioto, em 03/01/2012 às 14:28
Com muita coragem e desenvoltura, abordou além desse, outros temas polêmicos. O indivíduo que ficar à margem, nos dias atuais, da informática e da política (mesmo informalmente), já é o analfabeto do futuro. Parabéns AJ, não foi à toa escolhido Presidente dos TCEs de todo o Brasil.
por Vitor, em 03/01/2012 às 14:27
O Discurso do nobre conselheiro do TCE é atualizadíssimo e pertinente Contudo, peca na definição da origem deste "analfabetismo político-funcional". Se existe este desinteresse do "povo" pela gestão da coisa pública, certamente a causa maior está nos gestores públicos que fazem um péssima gestão e também pela Justiça e órgãos de controle (TCE) que tarda em afastar (quando afasta) os péssimos gestores públicos. Resumindo: esta apatia é fruto da péssima gestão da coisa pública por parte de nossos políticos quando investidos nos cargos públicos.

Um comentário:

  1. e falar mais não olhou para o própio hunbigo, essa e piada de mal gosto, politico julgar as contas dos própios políticos, e só no brasil mesmo.

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