sexta-feira, 6 de julho de 2012

DEPOIMENTO


CPMI do Cachoeira decide chamar Pagot e Cavendish

CPMI decidiu também convidar o juiz Paulo Moreira Lima, que sofreu ameaças, a prestar esclarecimentos


O ex-diretor do Departamento Nacional e Infraestrutura de Transporte (Dnit), Luiz Antonio Pagot, foi convocado
LUCIANA LIMA
Da Agência Brasil – Brasília

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira decidiu convocar o empresário Fernando Cavendish, presidente afastado da empresa Delta Construções. A empreiteira é suspeita de envolvimento no esquema criminoso atribuído pela Polícia Federal ao empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Além de Cavendish, os deputados e senadores da comissão também convocaram para prestar depoimento o ex-diretor do Departamento Nacional e Infraestrutura de Transporte (Dnit), Luiz Antonio Pagot.

Por duas vezes, as duas convocações foram retiradas de pauta pelo relator da comissão Odair Cunha (PT-MG) que optou por focar as investigações nas relações da Delta na Região Centro-Oeste. No entanto, deputados da oposição insistiram com os requerimentos que foram aprovados em bloco.

A convocação de Cavendish significa a ampliação da investigação para a esfera nacional e a oposição quer enfatizar, com isso, os contratos da empreiteira com o governo federal.

Já o depoimento de Pagot passou a ser considerado urgente por alguns integrantes da comissão, após ele ter denunciado, em entrevista à revista IstoÉ o uso de verbas públicas para formação de caixa 2 de campanhas eleitorais em São Paulo. Já em entrevista à revista Época, ele disse que contrariou interesses do empresário Carlos Augusto Ramos e da Construtora Delta quando estava à frente do Dnit.

Além dos 11 requerimentos para a convocação de Cavendish e oito para a convocação de Pagot foram aprovados seis pedidos para a convocação do prefeito de Palmas, Raul de Jesus Lustosa Filho (PT), que apareceu em gravações negociando com Cachoeira. Outro convocado pela comissão é o empresário Adir Assad, dono da empresa Rock Star, que teria recebido repasses de recursos da empresa Delta.

JUIZ AMEAÇADO

Os deputados e senadores da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira decidiram ontem convidar o juiz federal Paulo Moreira Lima a prestar esclarecimentos. Como se trata de um convite, ele não tem a obrigação de comparecer.

Moreira Lima era responsável pela ação penal que apura a suposta organização criminosa liderada pelo empresário goiano, Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira.

Foi ele quem autorizou as escutas telefônicas que serviram de base para as investigações da Polícia Federal nas operações Vegas e Monte Carlo. No último dia 13 de junho, Moreira Lima pediu afastamento do processo alegando sofrer ameaças. O juiz Alderico Rocha Santos assumiu o processo.

REJEITA

A convocação do deputado José de Filippi Júnior (PT-SP), exigida pelos deputados e senadores de oposição, foi rejeitada, por 17 votos a 10, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira.

O deputado atuou como tesoureiro da campanha da presidenta Dilma Rousseff. A convocação do dele virou uma exigência da oposição quando o relator incluiu no bloco de requerimentos a serem aprovados o nome do engenheiro Paulo Vieira de Souza, conhecido como Paulo Preto, ex-presidente da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S/A), ligado ao PSDB de São Paulo.

Ontem, a comissão aprovou por unanimidade a convocação de Paulo Preto. Além dele, também foram aprovados os requerimentos para a convocação dos empresários José Augusto Quintella e Romênio Marcelino Machado.

Eles eram donos da empresa Sigma, adquirida pela empresa Delta, investigada pela Polícia Federal como parte do esquema liderado pelo empresário Goiano Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. 

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