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Segundo o presidente do diretório estadual do partido, Willian Sampaio, a cúpula do PT pretende intensificar as deliberações internas quanto aos assuntos que são pauta na Assembleia Legislativa.
“Vamos cada vez mais definir qual será nosso posicionamento. A partir daí, queremos marcar duro essas desobediências para que as medidas cabíveis sejam adotadas”, adianta.
O próprio Brunetto afirma já ter sido advertido verbalmente pela direção partidária para se “realinhar”. Além de adotar uma postura rígida quantos os projetos encaminhados pelo Executivo, o parlamentar tem defendido abertamente que o PT deixe a base de sustentação do governo Silval Barbosa (PMDB).
A postura tem prejudicado o diálogo do partido dentro da Assembleia, segundo o deputado Alexandre Cesar, líder da bancada do PT na Casa. “Só temos dois representantes, ele e eu. Se apenas um está disposto a ouvir, fica complicado. Eu também tenho críticas a fazer, mas daí a ter uma postura de oposição é bem diferente. Isso não é partidário”, diz o parlamentar.
Embora Sampaio ainda não fale explicitamente que este é um caso para expulsão, a saída de Brunetto do partido - e, consequentemente, da Assembleia - poderia facilitar os planos do PT de conseguir uma vaga no Legislativo estadual para o ex-vereador por Cuiabá Lúdio Cabral.
Desde que o petista foi derrotado na eleição à Prefeitura da Capital pelo empresário Mauro Mendes (PSB), a cúpula petista no Estado vem se organizando para mantê-lo em evidência. Isso porque Lúdio é uma das apostas do PT para 2014. Segundo Sampaio, o nome dele é cotado até mesmo para disputar o governo, caso o juiz federal Julier Sebastião da Silva resolva não se filiar à legenda para concorrer ao cargo.
Mesmo consciente de que corre riscos, Brunetto não aparenta ter interesse em mudar de estratégia. O petista não tem perdido nenhuma oportunidade de criticar ações e Silval e rechaça as teorias de que a postura tem vínculos com a derrota na disputa pela prefeitura de Alta Floresta, quando sua esposa, Lucimara Brunetto (PT), perdeu a eleição para o peemedebista Asiel Bezerra.
O primeiro a vincular a derrota à postura de oposição foi o líder do governo do Legislativo, deputado Romoaldo Júnior (PMDB), apoiador direto da campanha de Asiel. Brunetto, no entanto, rebate. “Responder a todas as minhas críticas com a afirmação de que é por causa de Alta Floresta chega a ser covardia”.
Alexandre Cesar, por sua vez, também afirma que a mudança de postura se deu depois do pleito do ano passado. “Ele diz que não tem relação, mas é algo recente. Chega a ser contraditório, porque até há pouco tempo ele tinha cargos no governo”, dispara. (LN)
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